O chamado sepultamento celestial é o principal tipo de sepultamento que o corro no Tibete e em algumas áreas da região. Ele também ganhou o apelido de “esmola dos pássaros”. Segundo a crença tibetana, a alma abandona o corpo no momento da sua morte. O corpo sem alma, não serve para nada, de modo que seria desperdício não usá-lo como fonte de ALIMENTO!
Assim, o morto é servido como alimento para as aves necrófagas, como a última grande manifestação da caridade do morto.
Este método de sepultamento é o mais famoso e aos olhos de muitos tibetanos é o único que “faz sentido”. Uma exceção é feita apenas para o Dalai Lama e o Panchen Lama. Neste caso, seus corpos são embalsamados após a morte e depois eles são cobertos com ouro.
Além do Tibete, o “Enterro celestial” também é praticado em alguns territórios indianos. O ritual é realizado por pessoas especiais, chamados rogyapami, que, em tradução livre significa “coveiro”. Quando o tibetano morre, seu corpo é colocado em uma posição sentada, e assim fica por 24 horas até que todas as orações da tradição local sejam lidas.
Essas orações são destinadas a ajudar a promover a alma através de 49 níveis de Bardo – o estado intermediário que faz a ponte entre a morte e o renascimento. 3 dias após a morte, um amigo próximo do falecido carrega o cadáver já em decomposição em suas costas até o local do enterro. Ali começa a parte mais grotesca. O Rogyapa primeira faz um monte de cortes no corpo e chama as aves. São elas, os abutres, que irão fazer a maior parte do trabalho.
Parece incrível, mas eles vão comer praticamente toda a carne do morto, num banquete frenético e animado. Após comerem, sobra pouca coisa. Chega a hora do Coveiro entrar em ação. Ele recolhe e esmaga os ossos e todo o resto do defunto para alimentar os pássaros, até não deixar vestígios. É assim porque no budismo tibetano, acredita-se que desta forma a alma deixa o corpo mais facilmente. E isso facilitaria a ela partir para encontrar uma nova “morada”.
Fonte: Mundo Gump